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Denúncias de violência política contra mulher aumentaram 484% em 2024

Por Dentro De Tudo:

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O aumento expressivo de denúncias de violência política contra mulheres em 2024, registrado pelo Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, reflete um cenário alarmante para a participação feminina na política brasileira. Com 403 denúncias ao longo do ano — um salto de 484% em comparação a 2023 —, o fenômeno expõe a crescente hostilidade enfrentada pelas mulheres no exercício ou na disputa por cargos públicos.

Casos de violência verbal, psicológica e até física evidenciam a resistência estrutural à inclusão de mulheres nos espaços de poder. Exemplos incluem ataques verbais e humilhações direcionados a candidatas e prefeitas, como os casos da prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, e de Wylna de Castro, vice-prefeita de Saboeiro. A ministra Cármen Lúcia destacou a gravidade dessa situação, chamando atenção para a “guerra contra as mulheres” e para as cinco tentativas de homicídio de candidatas em setembro de 2024.

Apesar de representarem 51,5% da população e 53% do eleitorado, as mulheres continuam sub-representadas nos espaços de decisão: apenas 17,7% das cadeiras na Câmara Federal e 12,3% no Senado. A campanha “Mais mulheres no poder, mais democracia”, lançada pelo governo federal, busca conscientizar a população e combater a violência política, especialmente contra mulheres negras, indígenas e LBTs.

O desafio para mudar essa realidade não é apenas institucional, mas cultural, exigindo ações conjuntas de combate ao machismo e à discriminação em todas as esferas da sociedade.

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