O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (9), após ocupar o local em protesto contra a votação de um processo que pode levar à sua cassação.
A ação ocorreu enquanto Braga presidia a fase de discursos parlamentares. A intervenção aconteceu logo após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmar que o plenário deve votar o processo disciplinar nesta quarta-feira (10).
Assim que o deputado decidiu permanecer sentado na cadeira da Presidência em forma de manifestação, a sessão foi interrompida. A TV Câmara deixou de transmitir as imagens e a imprensa teve a entrada barrada no plenário durante o episódio.
Entenda o caso
Braga responde a um processo que pede sua cassação, movido pelo Partido Novo. A denúncia está relacionada a um episódio ocorrido em abril de 2024, quando o parlamentar se envolveu em um conflito físico com o militante do MBL Gabriel Costenaro, durante uma discussão que também envolveu o deputado Kim Kataguiri (União-SP).
Vídeos e depoimentos apresentados ao Conselho de Ética mostram que o embate verbal evoluiu para empurrões e chutes, quando Braga tentou retirar o militante das dependências da Casa. O deputado afirma que reagiu após ser alvo de provocações e ofensas, incluindo ataques à honra de sua mãe, que morreu semanas depois.
Histórico de protestos
Em abril, durante a análise inicial do Conselho de Ética, Braga realizou uma greve de fome por nove dias dentro do plenário. Durante o protesto, consumiu apenas soro, água e isotônicos e, segundo familiares, perdeu cerca de cinco quilos.
A votação que definirá o futuro do mandato do parlamentar está marcada para esta quarta-feira (10).
