O humorista revelou recentemente que foi identificado como superdotado em 2025, enquanto estava internado em uma clínica psiquiátrica após enfrentar depressão e dependência de álcool. Durante entrevista, ele afirmou que a descoberta o ajudou a compreender sua personalidade forte e suas emoções intensas.
O caso não é isolado. Cada vez mais adultos têm recebido o diagnóstico de superdotação, muitas vezes após anos de dúvidas sobre seu modo de pensar e agir. Especialistas apontam que o avanço das pesquisas e o acesso facilitado à informação têm impulsionado a chamada “identificação tardia”.
Segundo o psicólogo e neuropsicólogo Damião Silva, a superdotação não desaparece com o tempo, mas pode passar despercebida durante anos. Ele explica que novas ferramentas de avaliação e a disseminação do conhecimento estão ajudando mais pessoas a entenderem características antes vistas como isoladas ou estranhas.
Embora o reconhecimento das altas habilidades costume ocorrer na infância, a avaliação em adultos segue critérios específicos, com testes de inteligência, personalidade e análise comportamental. Para muitos, a confirmação traz alívio e respostas para experiências de vida marcadas por incompreensão.
Entre os sinais mais comuns estão pensamento rápido e criativo, busca incessante por conhecimento, sensibilidade emocional elevada, dificuldade de adaptação social, perfeccionismo, facilidade para aprender de forma autodidata e hipersensibilidade a estímulos. Esses traços podem gerar tanto benefícios quanto desafios emocionais e sociais.
O diagnóstico na fase adulta, segundo Damião Silva, deve vir acompanhado de suporte psicológico e redes de apoio, para que o potencial seja explorado sem que a pessoa sofra com os efeitos negativos da alta sensibilidade e das pressões internas.
Com a popularização do tema e maior conscientização, identificar-se como superdotado na vida adulta deixou de ser raro e pode representar um marco de autodescoberta, abrindo caminhos para o desenvolvimento pessoal e melhoria na qualidade de vida.
Crédito da foto: Reprodução / Metrópoles
Fonte: Metrópoles
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