Lúcio Flávio Valadares Soares, de 37 anos, foi encontrado morto na segunda-feira, 18 de agosto, no Presídio Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Inicialmente, a investigação aponta para um possível suicídio. O óbito foi confirmado por uma equipe médica do Samu.
Soares deveria ter sido liberado na sexta-feira, 15 de agosto, conforme decisão da juíza Fernanda Chaves Carreira Machado, mas permaneceu preso por mais três dias. O detento já havia sido autorizado a liberdade provisória com medidas cautelares, como comparecimento aos atos processuais, manutenção do endereço atualizado e proibição de envolvimento em novos delitos.
Relatos de colegas de cela indicam que o homem passou por um surto psicótico e não recebeu a medicação controlada necessária há vários dias, segundo denúncias ao Ministério Público. No último dia 13, Soares teria danificado instalações do banheiro de sua cela, incluindo porta e vaso sanitário, durante comportamento considerado de vandalismo pelos policiais penais.
A juíza destacou que a prisão preventiva, neste caso, carecia de razoabilidade e efetividade, já que o preso já cumpria pena anterior e o ato de vandalismo provavelmente decorreu de questões de saúde mental. A decisão judicial buscava proteger a ordem pública e assegurar o acompanhamento do detento sem mantê-lo preso indevidamente.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) foi procurada pela reportagem e ainda não respondeu aos questionamentos.
Foto: DEOP-MG / Divulgação
Fonte: Lucas Gomes / Super Notícia
