Uma operação conjunta entre o Ministério Público de Santa Catarina e as polícias civis de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Paraná cumpriram 13 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (19) contra um grupo de adolescentes que planejava ataques em escolas.
Segundo o MPSC, dez menores infratores foram internados provisoriamente. A operação, denominada “Escola Segura”, ainda determinou 11 afastamentos de sigilo de dados em face dos adolescentes.
Os adolescentes apreendidos serão encaminhados para internação provisória. Eles têm entre 11 e 17 anos de idade e são investigados “pela prática de atos infracionais equiparados aos delitos de ameaça, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, além de incorrerem nos artigos 12 e 14 do Estatuto do Desarmamento”.
As investigações tiveram início depois do atentado na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no Vale do Itajaí, em 5 de abril. Na ocasião, quatro crianças morreram e outras cinco ficaram feridas.
O Grupo de Atuação Especial no Combate a Crimes Cibernéticos, do MPSC, então identificou um grupo de adolescentes, em plataforma virtual, que planejava a realização de possíveis ataques a escolas nos cinco estados.
Polícia conclui inquérito de ataque a creche em Blumenau
Nesta segunda-feira (17), a Polícia Civil de Santa Catarina divulgou o resultado da investigação sobre o ataque na creche Cantinho Bom Pastor. O autor dos crimes foi indiciado por quatro homicídios e cinco tentativas de homicídios.
Para a Polícia Civil, o investigado agiu sozinho e tinha a intenção de matar um número maior de crianças. O homem usou a moto para executar o plano e depois se entregou ao Batalhão da Polícia Militar de Blumenau.
“Por todo o exposto, considerando todos os elementos angariados no decorrer da investigação, conclui-se que, de plena consciência da ilicitude do fato, como também de livre e espontânea vontade, o homem foi o autor do crime”, disse o delegado geral da PCSC, Ulisses Gabriel.
Já o delegado Rodrigo Raitz, responsável pela definição da dinâmica do crime, traçou o trajeto do criminoso. “Ele saiu de casa às 8h03, foi na academia de ginástica por onde permaneceu por 23 minutos, percorreu diversas ruas até chegar à creche, pulou o muro e em 20 segundos matou quatro crianças e feriu outras cinco. Depois disso ele pegou a moto e se entregou ao Batalhão da PM”, explica.
Por meio de relatório de análise de extração de dados, constatou-se que o homem pesquisava na internet sobre ocultismos, seitas e magias. Após analisar as pesquisas feitas em navegadores de internet, a Polícia Civil comprovou que, em 15 de março, ou seja, 21 dias antes do ocorrido, o investigado procurou por modelos de machados.
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