O novo relatório da UNAids traz uma perspectiva otimista sobre a possibilidade de superar a Aids como ameaça à saúde pública até 2030. Contudo, para que isso aconteça, é necessário garantir os direitos humanos de todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e daquelas mais vulneráveis ao vírus, com foco na proteção, acesso ao tratamento e redução de estigmas. O Brasil tem avançado nesse sentido, superando duas das três metas da ONU com relação ao HIV, e hoje alcança 96% de diagnóstico das pessoas infectadas.
O Ministério da Saúde do Brasil lançou recentemente uma nova campanha de conscientização com o tema “HIV. É sobre viver, conviver e respeitar. Teste e trate. Previna-se”, focando no acolhimento ao invés do medo. Para especialistas, o combate à Aids passa por uma abordagem de acolhimento e educação desde o ensino fundamental, além de investimentos em saúde pública e ampliação do acesso a tratamentos eficazes, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP).
A PrEP, disponível no SUS desde 2023, tem sido um grande avanço na prevenção, permitindo que pessoas em risco elevado do HIV possam se proteger com eficácia. Além disso, profissionais da saúde destacam a importância de um cuidado contínuo e humanizado, como exemplificado por depoimentos de pessoas que utilizam a PrEP e se sentem bem acolhidas nos serviços de saúde.
Fonte: O Tempo
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