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Dia do Homem no Brasil: Uma oportunidade para repensar conceitos e atitudes

Por Dentro De Tudo:

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Nesta segunda-feira, 15 de julho, comemora-se o Dia Nacional do Homem no Brasil. Em um contexto de intensos debates sobre identidade de gênero, a data é uma oportunidade para refletir sobre as mudanças na masculinidade. Especialistas e entrevistados discutem a busca por uma masculinidade mais saudável e adaptada às transformações sociais.

De acordo com um especialista, a sociedade está em busca de uma masculinidade que se distancie dos estereótipos tradicionais de força física, valentia e agressividade. Estudos associam o “silêncio emocional” dos homens a problemas psiquiátricos, aumentando o risco de depressão e suicídio. “Mudar esse conceito pode tornar as relações mais flexíveis e saudáveis para todos”, afirma o psiquiatra Bruno Brandão.

Homens de diferentes idades e profissões compartilham suas visões sobre o que significa ser homem hoje. Para alguns, como o aposentado Demóstenes Silveira e o servente de construção civil Alex Ferreira, ser homem está ligado a um compromisso com a família e a responsabilidades. Já outros, como o comerciante José Socorro e o empresário Ricardo Veríssimo, falam sobre proteção, cuidado e a necessidade de combater o machismo.

O professor de filosofia e psicanalista Eduardo Leonel reflete sobre as transformações contemporâneas e a necessidade de repensar o que é ser homem. Ele destaca a importância das discussões de gênero, que incluem homens trans, cis e homossexuais, para uma sociedade mais justa. “Ser homem, para mim, é estar atento e refletir sobre essas discussões”, diz Eduardo.

A criação do Dia Nacional do Homem, estabelecida em 1992, foi inicialmente vista como uma brincadeira, mas acabou ganhando relevância. Hoje, a data é uma oportunidade para pensar novos conceitos de masculinidade e promover uma sociedade mais igualitária e tolerante. “Promover novos conceitos de masculinidade é essencial para diminuir a opressão e criar uma sociedade mais igualitária e tolerante”, afirma Brandão.

A masculinidade fluida, que reconhece a complexidade e evolução da identidade de gênero, desafia a lógica de que a masculinidade é fixa e imutável. “O conhecimento é libertador”, diz Brandão, ressaltando a importância de reconhecer e trabalhar a tolerância à diversidade para superar a masculinidade tóxica.

Foto: Henadzi Pechan/iStockphoto

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