Celebrado em 1º de maio, o Dia do Trabalhador foi instituído no Brasil pelo Decreto 4.859, de 1924, com o objetivo de promover a “confraternidade universal das classes operárias e a comemoração dos mártires do trabalho”. De acordo com a professora Rúbia Pôrto, da Universidade Católica de Brasília, além da comemoração, a data também deve ser um momento de reflexão sobre os direitos trabalhistas.
A luta por melhores condições de trabalho começou ainda no século 18, com a Primeira Revolução Industrial. No Brasil, o cenário também era de jornadas exaustivas, baixos salários e ausência de garantias legais. Com a industrialização e o fim da escravidão, vieram as greves — como a de 1917, que reuniu cerca de 50 mil trabalhadores em São Paulo e resultou em mais de 200 mortes.
Os protestos fizeram pressão sobre o governo, que iniciou a criação de leis como o Decreto 3.724, de 1919, sobre acidentes de trabalho. Já o feriado de 1º de maio foi criado para ter caráter festivo, mas influenciou diretamente o avanço dos direitos dos trabalhadores, como jornada limitada, aposentadoria e férias.
A primeira celebração nacional da data aconteceu em 1959, em Brasília, com direito a desfile e discurso do então presidente Juscelino Kubitschek na futura Praça dos Três Poderes.
Foto: Funcionários da Chevrolet em São Paulo na década de 1920 / Agência Senado
Fonte: g1 DF















