Neste Dia Mundial de Combate à Meningite, celebrado nesta sexta-feira (5), Minas Gerais reforça a importância da prevenção à doença, que já causou 74 mortes no estado até o final de agosto. No total, foram registrados 536 casos ao longo dos primeiros oito meses de 2024.
Em comparação ao cenário nacional, o Ministério da Saúde relatou uma queda nas notificações de meningite em 2024, com 15.580 casos registrados, dos quais 8.357 foram confirmados. Em 2023, o Brasil havia registrado 26.132 casos, sendo 16.445 confirmados.
Plano Nacional para Enfrentamento às Meningites
Na quinta-feira (3), o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional para o Enfrentamento às Meningites até 2030, que busca tornar o Brasil o primeiro país das Américas a estruturar uma estratégia de enfrentamento à doença.
Cobertura vacinal
Minas Gerais superou a meta de cobertura vacinal estipulada pelo Ministério da Saúde para a vacina contra a meningite C, atingindo 105,74% em 2024, com uma dose de reforço de 102,96%. A vacina é considerada a principal forma de prevenção da doença e está disponível gratuitamente no SUS.
Transmissão e diagnóstico
A meningite pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. A meningite bacteriana, uma das formas mais graves, é transmitida por gotículas respiratórias. Já a meningite viral pode ser transmitida por contato direto ou por ingestão de alimentos e água contaminados. A meningite fúngica, por sua vez, não é transmitida entre pessoas, sendo adquirida pela inalação de esporos presentes no meio ambiente.
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue e líquido cefalorraquidiano (líquor), disponíveis pelo SUS, que permitem identificar o agente causador da infecção e definir o tratamento mais adequado.
Tratamento
A meningite bacteriana exige tratamento hospitalar com antibióticos, enquanto a maioria dos casos virais se resolve espontaneamente com monitoramento médico. Casos fúngicos requerem tratamento prolongado com antifúngicos, e as formas parasitárias da doença também exigem internação e cuidados específicos.
Dada a gravidade da doença, é fundamental buscar atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas, como dor de cabeça intensa, febre e rigidez na nuca.
Fonte: Hoje em Dia
Foto: Fábio Nunes Teixeira/PMG