A partir deste ano, 21 de março fica marcado como o Dia Nacional da Síndrome de Down, graças a Lei 14.306/21. Com isso, os órgãos públicos responsáveis pelas políticas voltadas a pessoas com Síndrome de Down terão que realizar eventos que valorizem esses indivíduos na sociedade, o que para Natália Costa, psicóloga e diretora do CENSA Betim, instituição que é referência nacional nos cuidados à indivíduos com a condição, é um passo importante para a inclusão.
De acordo com a diretora do CENSA Betim, a intervenção precoce com equipe transdisciplinar é essencial para o desenvolvimento e melhor qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down. “Os indivíduos com essa condição têm alterações físicas evidentes, como olhos puxados, pescoço alado e língua protusa em virtude da alteração genética do para de cromossomos 21. Porém, o grande desafio é desenvolver um esquema de intervenção que seja efetivo para que a pessoa com Síndrome de Down possa adquirir independência nas atividades diárias e consequentemente ocupar o seu espaço na sociedade”. A intervenção deve começar nos primeiros dias de vida e geralmente se estende até a vida adulta,” comenta.
Para Natália Costa, o Dia Nacional da Síndrome de Down é uma oportunidade para mostrar que o indivíduo com a condição pode e deve viver e conviver muito bem em sociedade. “Ao trabalhar com esses indivíduos e suas famílias, percebemos o nítido avanço no desenvolvimento e na qualidade de vida. É necessário que todos pensem e lidem com essas pessoas de forma a proporcionar a elas o livre acesso a todos os dispositivos sociais. Com a instituição da data, acreditamos que teremos mais visibilidade, bem como espaços para debater o tema que é de suma importância para a pessoa com Síndrome de Down e suas famílias “, afirma.