Durante patrulhamento preventivo pelo bairro São Francisco, na manhã desta segunda-feira, a Polícia Militar foi informada por transeuntes sobre disparos de arma de fogo ocorridos nas imediações da Rua Professor Abeylard. De imediato, os militares comunicaram o fato via rede rádio e iniciaram rastreamento pela região. Durante as diligências, um homem ferido saiu de uma construção pedindo socorro, sendo prontamente amparado e transportado ao hospital.
A vítima apresentava ferimentos por arma de fogo no braço e nas costas, além de uma lesão na testa. Durante o atendimento médico, relatou que foi surpreendida por dois indivíduos armados quando estacionava seu veículo nas proximidades de seu local de trabalho. Ainda segundo o relato, um dos autores portava uma pistola semiautomática e o outro, um revólver.
A vítima identificou um dos suspeitos pelo apelido e afirmou tê-lo reconhecido, inclusive por já terem se encontrado anteriormente em ambiente prisional. Durante o ataque, a vítima conseguiu fugir para o interior de uma construção e acionou ajuda. Informações sobre o veículo utilizado na ação — um Fiat Siena de cor clara — e possíveis envolvidos foram repassadas às demais equipes em serviço.
Com base nas características físicas e outras informações repassadas, outro indivíduo foi identificado como possível envolvido. Ao ser abordado no local de trabalho, ele negou participação e optou por permanecer em silêncio. A perícia técnica foi acionada e compareceu ao local, recolhendo 14 estojos deflagrados de munição calibre 9mm.
O veículo da vítima, atingido pelos disparos, foi liberado para um familiar. Já o aparelho celular da vítima foi supostamente extraviado ou furtado durante o atentado, sendo orientado o registro junto à Central de Bloqueio de Celulares (Cbloc).
Posteriormente, a vítima informou ter sofrido ameaças por meio de redes sociais e ligações telefônicas. Diante disso, alterou sua versão inicial, deixando de apontar os suspeitos anteriormente indicados.
Durante a apresentação do segundo suspeito na delegacia, este alegou inocência e afirmou que se encontrava em seu local de trabalho no momento do crime. Imagens do circuito de segurança da empresa confirmaram sua chegada ao estabelecimento poucos minutos após o horário estimado da ocorrência, motivo pelo qual sua prisão foi descartada naquele momento, embora ele permaneça como suspeito para fins de investigação.
A Polícia Militar permanece à disposição da Polícia Civil para subsidiar as investigações, visando à completa elucidação do fato.