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Dívidas causam insônia em 83% dos brasileiros e geram problemas conjugais em 62% dos casais

Por Dentro De Tudo:

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Os impactos do endividamento já podem ser vistos na saúde mental dos brasileiros. Segundo levantamento realizado pela Serasa, 83% dos endividados acabam sofrendo de insônia e problemas de concentração. Os dados fazem parte da “Pesquisa de Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro”, divulgada nesta quinta-feira (17).

“Os aspectos biológicos são uns dos primeiros sintomas de preocupações com as dívidas, especialmente quando essas podem levar à inadimplência. A ansiedade vai invadindo a vida da pessoa que busca incansavelmente uma solução para zerar a situação. Ela passa a viver com pensamentos voltados ao futuro, não consegue relaxar e, consequentemente, não dorme também”, afirmou a psicóloga Valéria Meirelles, que participou da elaboração da pesquisa da Serasa.

Outro dado que chama atenção é o impacto das dívidas nos relacionamentos amorosos dos brasileiros. De acordo com o levantamento, em 62% dos casais endividados, os números negativos na conta corrente geraram problemas conjugais.

“Especialmente nessas situações, histórias das famílias de origem e vivências passadas vêm à tona, evocando lembranças negativas. E muitos casais não conseguem seguir juntos após o episódio da dívida, em função de questões financeiras, de má gestão de recursos, acusações de incompetência, entre outras situações”, disse Valéria.

Os impactos não param por aí. Entre os endividados, 36% se afastaram dos amigos; 57% se sentiram mal por ter que pedir dinheiro emprestado a familiares; e 31% deixaram de frequentar reuniões familiares por causa das dívidas.

“Quando uma pessoa está tomada pela preocupação com as dívidas, especialmente as de grande impacto no cotidiano, que a priva de alguns confortos, pode ter dois tipos extremos de comportamento: se afastar e se isolar, ou conviver, mas com irritabilidade”, destacou a psicóloga.

De acordo com a Serasa, 83% dos entrevistados sentiram algum tipo de impacto emocional que afetou as relações pessoais ou atividades cotidianas. Para 78%, surgiram “pensamentos  negativos”, o que, segundo a pesquisa, significa diferentes tipos de pensamentos relacionados à tristeza. A boa notícia é que 70% esperam conseguir se livrar das dívidas nos próximos anos.

Fonte: O tempo.

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