As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são representadas principalmente pela Doença de Crohn e pela Retocolite Ulcerativa.
Apesar dos sintomas semelhantes, é necessário compreender que elas não são iguais. A Retocolite Ulcerativa afeta apenas o reto e as camadas mais superficiais do cólon, conhecido como intestino grosso. Já a doença de Crohn pode atingir todo o trato digestivo, da boca ao ânus, sendo mais prevalente no intestino delgado, cólon e região perianal, causando inflamação de todas as camadas intestinais.
De acordo com estatísticas da própria SBCP, mais 5 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo já foram diagnosticadas com DII. A Gastrologista do Hospital Semper, Silvia Ferreira Araújo, esclarece que os principais sintomas mais comuns são diarreia crônica, cólica abdominal, perda de sangue nas fezes e emagrecimento.
Em casos de complicações decorrentes das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) há a descompensação clínica com necessidade de internação e risco de alterações estruturais intestinais com perda de função intestinal, necessidade de abordagem cirúrgica e aumento da chance de câncer cólon retal nos pacientes com doença predominante em cólon.
A especialista afirma ainda que doenças intestinais são diagnosticadas com a suspeição clínica aliada a exames complementares como colonoscopia com biópsias de cólon, exames de imagem com ênfase em intestino delgado como as enterografias por ressonância ou tomografia e alterações de exames laboratoriais com aumento de provas inflamatórias como a calprotectina fecal, VHS e PCR.
A gastrologista do Semper ressalta, também, que apesar de não existir cura para DII o tratamento baseado principalmente no uso de medicamentos que controlem a hiper-reatividade do sistema imune como os imunossupressores e os imunobiológicos garante ao paciente uma
vida relativamente normal seguindo sempre as recomendações médicas. Por fim, é importante alertar que portadores de DII em tratamento são considerados como imunossuprimidos e, por essa razão, devem redobrar os cuidados diários para evitar doenças virais, que podem ser fatais nesses casos.
Fonte: O Tempo.