Donos da rua: flanelinhas impõem medo e extorsão nas ruas da Grande BH

Por Dentro De Tudo:

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A prática dos flanelinhas tem gerado apreensão entre motoristas na Grande Belo Horizonte, especialmente em áreas como Contagem, onde a extorsão e as ameaças se tornaram comuns. Muitos motoristas, ao estacionarem seus veículos, se veem pressionados por cobradores não autorizados que exigem dinheiro para “vigiar” os carros, sob o risco de sofrerem danos ou até terem seus veículos danificados. O medo e a falta de denúncia oficial dificultam o combate a essa prática criminosa, que é classificada como extorsão.

Em Belo Horizonte, foram registradas 51 denúncias de flanelinhas até abril deste ano, mas o número é subestimado, pois muitas vítimas não formalizam as queixas por receio de represálias. Em Contagem, a situação é similar, e as autoridades destacam a importância de formalizar as denúncias para que possam mapear e combater efetivamente o problema.

Além da falta de fiscalização, a dificuldade de se estacionar em locais públicos, principalmente durante grandes eventos, agrava a atuação dos flanelinhas. A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte têm realizado fiscalizações, mas a falta de uma ação coordenada entre os órgãos de segurança e a conscientização da população dificultam uma solução eficaz. Recentemente, foi apresentado um projeto de lei que busca proibir a cobrança por estacionamento em vias públicas, visando coibir essa prática.

Para especialistas, a solução não está apenas na tipificação da prática como crime, mas na conscientização e em ações preventivas que envolvam comerciantes e motoristas, com apoio das forças de segurança. A orientação é para que motoristas não cedam às pressões e denunciem a extorsão sempre que possível.

Foto: Flávio Tavares / O TEMPO

Fonte: O TEMPO, 28 de abril de 2025

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