É inevitável que cepa indiana da covid se espalhe pelo Brasil, diz epidemiologista

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Mesmo se contasse com infraestrutura para erguer barreiras sanitárias nos principais terminais de transportes e fronteiras, o Brasil dificilmente conseguiria impedir a entrada e disseminação da cepa indiana do coronavírus, afirma o epidemiologista Eliseu Alves Waldman. Na avaliação do especialista, esse recurso tem baixa eficiência em territórios continentais, só funcionando para países muito ricos e pequenos.

“A primeira complexidade é que somos um país continental, então é quase inevitável que se espalhe rapidamente. Não vejo com entusiasmo as medidas que estão sendo avaliadas agora”, resigna-se o professor do Departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública da USP.

Waldman reforça que a única forma de conter a aceleração da transmissão das variantes, principalmente as que se multiplicam mais rapidamente, é a adesão a medidas preventivas de isolamento e uso de máscaras. Mas desde o início da pandemia, esse engajamento foi uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas equipes de saúde, o que significa dizer que as aglomerações registradas diariamente nas cidades vão dar ritmo ao avanço da cepa da Índia, pontua.

Segundo o médico, o Brasil sequer conta com quantidade de testes suficientes para averiguar todos os entrantes em aeroportos, portos e divisas rodoviárias.

Da redação.

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