A revelação do diagnóstico de câncer de pâncreas pelo apresentador Edu Guedes, durante exames motivados por uma crise renal, aumentou significativamente a busca por exames de imagem em unidades de saúde de todo o país. A doença, conhecida por sua agressividade e dificuldade de detecção precoce, acende um alerta entre médicos e pacientes.
Localizado na parte superior do abdômen, o pâncreas é responsável pela produção de enzimas digestivas e hormônios como a insulina. Quando um tumor se forma nesse órgão, a capacidade do corpo de processar alimentos e controlar a glicose pode ser severamente comprometida.
Segundo a médica oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), a maioria dos cânceres, inclusive o pancreático, não apresenta sintomas em seus estágios iniciais e não possui protocolos de rastreamento como os de mama e próstata. “O diagnóstico geralmente acontece quando a doença já está avançada”, explica.
A prevenção primária, portanto, é a principal aliada na luta contra o câncer de pâncreas. Ter um estilo de vida saudável, evitar o tabagismo e o consumo de álcool, combater a obesidade e manter uma rotina de exercícios são atitudes que podem reduzir o risco da doença em até 40%.
Entre os sintomas mais comuns do câncer de pâncreas estão dor abdominal persistente (que pode irradiar para as costas), perda de peso sem motivo aparente, icterícia (pele e olhos amarelados), fadiga extrema, urina escura, fezes claras, náuseas e perda de apetite. Fatores como tabagismo, excesso de gordura corporal, diabetes tipo 2 e pancreatite crônica aumentam o risco.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam a gravidade da situação: em 2022, o Brasil registrou 10.980 novos casos da doença. No ano anterior, foram 11.974 mortes causadas pelo câncer pancreático, evidenciando sua alta letalidade.
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Fonte: g1 Santarém e Região – 15/07/2025
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