O edital de concessão para as obras do Rodoanel Metropolitano deve ser lançado até o fim do 1º trimestre de 2021. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, durante reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Pelo cronograma do governo estadual, a modelagem do projeto deve ser concluída neste mês de dezembro. “Temos pressa para tirar isso do papel, pois sabemos da importância do Rodoanel para Belo Horizonte e para o desenvolvimento de Minas”, afirma o secretário.
O Executivo garante que os estudos de engenharia e dos marcos jurídico-regulatório e econômico-financeiro estão avançados. O traçado das quatro alças já foi definido pelo Estado. O Rodoanel terá 100 km de extensão e servirá a aproximadamente 5 milhões de habitantes de 15 municípios da Grande BH.
No início de novembro, o Estado realizou uma série de encontros virtuais com representantes de 14 empresas e fundos de investimentos do Brasil, Emirados Árabes, Singapura e Espanha. Além disso, o Estado pretende lançar entre janeiro e fevereiro consultas públicas para determinar marcos da concessão dos trechos da rodovia, que será construída através de Parceria Público-Privada.
O custo total da obra está previsto em R$ 6 bi, sendo que o governo mineiro entrará com metade deste valor – aproximadamente R$ 3 bi –, oriunda de um acordo com a Vale para a indenização pelo desastre de Brumadinho. Segundo o Estado, as obras de construção do Rodoanel devem criar um total de 18 mil empregos diretos e indiretos.
O projeto
O Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte consiste no projeto do Governo de Minas Gerais destinado à implantação do novo contorno viário da RMBH (trechos Norte e Sul).
Na prática, conforme o secretário, a intenção é substituir o atual Anel Rodoviário que corta a capital mineira, com a premissa de que os caminhões que passam pela região não precisem transitar dentro de Belo Horizonte. Para isso, será dividido em Alça Norte (Sabará – sentido Ipatinga – à BR-040 em Ribeirão das Neves), Alça Oeste (BR-381 – sentido Uberaba – a Betim) e Alça Sul (Sarzedo – via BR-040 – sentido Rio de Janeiro).
Há mais de duas décadas, o atual Anel Rodoviário de BH demonstra sinais de saturação e percebe-se a necessidade de investimento em melhorias na mobilidade desse trecho, uma vez que a região serve ao sistema logístico nacional, concentrando tráfego intenso de diversas regiões do país para o escoamento de produção agrícola, mineração, petrolífera, de bens de consumo, dentre outros.