Eduardo Bolsonaro diz trabalhar por mais sanções dos EUA contra o Brasil e admite que pode viver “décadas em exílio”

Por Dentro De Tudo:

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Em entrevista concedida à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que está atuando nos Estados Unidos para ampliar as sanções impostas pelo governo Trump contra o Brasil. O parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, admitiu que só pretende retornar ao país se houver anistia aos investigados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e a saída do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo declarou que considera a anistia “a melhor maneira” de colocar o Brasil em boa posição nas negociações com os EUA e disse não se arrepender de apoiar o tarifaço de 50% imposto por Trump, que impacta diretamente o agronegócio brasileiro. Ele disse não ter recebido críticas de produtores rurais e afirmou que “há um sacrifício a ser feito”.

O deputado também revelou que tem se reunido frequentemente com aliados do ex-presidente Trump e autoridades americanas — incluindo parlamentares como María Elvira Salazar e Chris Smith, além do ex-estrategista Steve Bannon. Sem entrar em detalhes, afirmou que mantém status legal para permanecer com a família nos EUA por “um bom tempo”.

Ao ser questionado sobre sua permanência como deputado federal mesmo vivendo no exterior, Eduardo disse estar redigindo um ofício à Câmara alegando perseguição política que o impede de retornar ao Brasil. Ele afirmou que não pretende renunciar ao cargo e que poderia votar remotamente, caso o regimento fosse alterado.

Sobre o envio de R$ 2 milhões por Jair Bolsonaro a sua conta, Eduardo justificou que a transferência não representa crime, mas ajuda financeira do pai em meio ao “exílio”. O STF vê a movimentação como possível indício de financiamento de articulações antidemocráticas.

Eduardo finalizou dizendo que, se alcançar “100% de vitória” com a anistia e o afastamento de Moraes, pode retornar ao Brasil e até se lançar candidato à Presidência em 2026, com apoio do pai. Caso contrário, admite a possibilidade de permanecer por décadas em exílio.

Crédito da imagem: Bela Megale / O Globo

Fonte: O Globo – Coluna Bela Megale

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