A Prefeitura de Sete Lagoas – por meio da Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura (SMEEC) – promoveu um encontro nesta segunda-feira, 30, com o tema: “O que fazer quando crianças e adolescentes nos relatam que foram vítimas ou testemunhas de violência?”. O evento foi uma iniciativa da assistente social e presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), Magda Speltz.
A proposta foi organizada pelo Serviço de Promoção ao Menor e à Família (Serpaf), e teve como parceiros o CMDCA, o Conselho Tutelar e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), com a colaboração da psicóloga, conselheira do CMDCA e colaboradora do Serpaf, Rachel Branco Ribeiro. Por meio de um convite da gerente educacional da Secretaria, Alexandrina Maria Rodrigues Guimarães, o evento foi realizado na Gruta Rei do Mato e contou com a participação de cerca de 150 profissionais da Educação, tendo o objetivo de sensibilizá-los sobre a revelação espontânea e a não revitimização.
“A revelação espontânea acontece quando crianças e adolescentes relatam alguma violência sofrida ou testemunhada. A revitimização é o discurso ou a prática que submete crianças e adolescentes a procedimentos desnecessários, repetitivos, invasivos, fazendo-os reviver a situação de violência sofrida ou presenciada”, explica Magda Speltz. Todas as orientações foram baseadas na Lei nº 13.431, que detalhou as finalidades do Sistema de Garantia de Direitos de Criança e Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência e as ações para garantir o trabalho intersetorial de forma integrada e coordenada, principalmente no que diz respeito à acolhida e escuta.
Além dessa temática, foi esclarecido o importante papel do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente – SGDCA, que inclui todos os órgãos, instituições e profissionais que atendem direta ou indiretamente as crianças e adolescentes e como a escola tem um papel fundamental nessa grande engrenagem, assim como o CMDCA, Conselhos Tutelares, CREAS e organizações da sociedade civil.
“Foi um tema de grande repercussão para esse momento de retorno às aulas presenciais. As questões do abuso sexual e da violência domiciliar vêm crescendo muito em todo o país. Levar aos educadores essa conscientização nos ajudará a estar preparados caso venham a acontecer casos de abusos com as nossas crianças”, reforça Alexandrina. O encontro foi concluído com uma apresentação da “Mala Criativa”, proposta pela inspetora e psicóloga da SMEEC, Débora Guimarães, como uma ferramenta de prevenção contra a violência.