Depois do sucesso de grandes apresentações musicais em uma famosa praia do Rio de Janeiro, que atraíram milhões de pessoas e injetaram cifras expressivas na economia local, outra capital brasileira estuda adotar um modelo semelhante para movimentar a cultura e o turismo. A ideia é transformar a cidade em um centro atrativo para megashows gratuitos, com apoio de empresas privadas e estrutura pública.
A proposta envolve criar um calendário fixo anual para receber artistas de renome mundial, fortalecendo a imagem da cidade como destino cultural, econômico e turístico. O foco está em mostrar que grandes eventos não são apenas despesas públicas, mas geram emprego, renda e visibilidade para o município.
No Rio de Janeiro, os espetáculos contaram com estruturas gigantescas: palcos elevados, torres de som, telões de LED e milhões de pessoas, entre moradores e turistas. Somente no evento deste ano, mais de 600 mil visitantes de fora estiveram presentes, movimentando aproximadamente R$ 600 milhões.
Na capital mineira, a gestão atual aposta na desburocratização para tornar a cidade mais atrativa a patrocinadores e produtoras. Ainda há obstáculos, como questões logísticas, transporte público e limitação de espaço, mas já se discute a utilização de locais icônicos da cidade, como a região da Pampulha ou áreas centrais que já receberam shows com grande público anteriormente.
Para tornar viável a realização de um espetáculo gratuito de grande porte, o modelo adotado prevê a participação fundamental de patrocinadores. Marcas de bebidas, companhias aéreas, bancos e plataformas digitais já demonstraram interesse nesse tipo de ativação cultural, tendo presença destacada em edições anteriores em outras cidades.
Moradores da região metropolitana e da capital, que viajaram ao Rio para acompanhar as últimas edições dos shows, veem com entusiasmo a possibilidade de eventos similares mais próximos de casa. Para eles, a proposta representa economia, acesso à cultura e valorização da cidade. Contudo, também apontam que, para isso se tornar realidade, será necessário resolver gargalos estruturais e garantir acessibilidade e planejamento urbano.
Ainda não há confirmação sobre datas ou atrações, mas o projeto está em fase de articulação, com o objetivo de colocar a cidade no radar dos grandes circuitos culturais do país e do mundo.
Foto: Júnia Garrido | Divulgação
Fonte: Rádio Itatiaia
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