O consumo excessivo de pornografia é um tema delicado e cercado de mitos, mas seus impactos podem ser significativos na saúde mental e nos relacionamentos. Embora o uso moderado possa ser visto como entretenimento, o consumo compulsivo pode gerar expectativas irreais sobre sexo e intimidade, afetando negativamente a conexão com parceiros reais.
Excesso de pornografia pode causar insatisfação com o parceiro, dificuldades em se conectar fisicamente e emocionalmente, além de afetar a autoestima. Isso ocorre porque o estímulo sexual passa a ser baseado no que é visto nas telas, distanciando a pessoa de experiências reais. Em termos de saúde mental, o uso excessivo pode aumentar a ansiedade, depressão e isolamento social, além de distorcer a percepção de consentimento e respeito.
A masturbação, em si, não é problemática e pode ser saudável, mas o uso excessivo de pornografia para obter prazer pode sinalizar questões mais profundas, como traumas não resolvidos. É possível superar essa dependência por meio de terapia, que ajuda a revisitar feridas emocionais e a construir formas mais saudáveis de lidar com o prazer e o relacionamento.
É importante desmistificar a ideia de que não há como reduzir o consumo de pornografia. Com o suporte adequado, é possível restabelecer o equilíbrio emocional e retomar uma vida sexual e emocional mais saudável.
Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista