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Em BH, Bolsonaro sanciona privatização do metrô e lança centro de vacinas

Por Dentro De Tudo:

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A comitiva de Bolsonaro, que inclui os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, seguiu do aeroporto para a Cidade Administrativa, sede do governo estadual. Um pequeno grupo de motociclistas acompanhou o trajeto.

Em discurso, o presidente reconheceu que a inflação no Brasil está “bastante alta”, mas disse que o problema começou em março do ano passado, com as medidas de isolamento social aplicadas para o controle da pandemia do coronavírus.

Bolsonaro se posicionou contrário ao passaporte da vacina e falou que “respeita o direito” das pessoas que não querem se imunizar.

O presidente ainda vai participar de um almoço na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Metrô

O projeto de lei que prevê a abertura de crédito especial de R$ 2,8 bilhões para o metrô de Belo Horizonte foi aprovado por senadores e deputados federais na última segunda-feira (27), em sessão conjunta do Congresso Nacional.

O aporte da União será feito por meio da capitalização da Veículo de Desestatização MG (VDMG), empresa que será criada para o processo de desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) na Região Metropolitana.

O montante será utilizado para quitar as dívidas da atual administração e para parte da construção de uma nova estação e modernização da Linha 1 (Novo Eldorado), além da criação da Linha 2 (Calafate/Barreiro). Outros R$ 428 milhões serão investidos pelo governo de Minas.

A previsão é que o edital para a concessão das linhas seja divulgado no início de 2022.

O senador mineiro e vice-líder do governo na casa, Carlos Viana (PSD), disse que serão destinados aproximadamente R$ 1,6 bilhão para quitar as dívidas da CBTU e modernização da Linha 1, enquanto R$ 1,2 bilhão serão empenhados na Linha 2.

Os recursos fazem parte do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI) do BNDES e serão liberados na medida em que as construções avançarem. O projeto prevê a construção de sete estações entre o Barreiro e o Calafate, com 10,5 km de extensão. O investimento estimado pelo banco, no entanto, é maior do que a verba já liberada: R$ 3,8 bilhões.

Centro Nacional de Vacinas

Já o Centro Nacional de Vacinas é uma iniciativa do governo de Minas Gerais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A sede será construída onde atualmente fica o Centro de Tecnologias de Vacinas (CTVacinas) da UFMG, que vai passar por uma ampliação. Com início previsto para janeiro de 2022, a obra contará com um investimento de R$ 50 milhões do MCTI e R$ 30 milhões do Executivo estadual, totalizando R$ 80 milhões.

Um dos objetivos do projeto é promover a independência de tecnologia na produção de lotes-pilotos de vacinas e testes de diagnóstico para doenças humanas e veterinárias.

Protesto

O discurso de Bolsonaro foi interrompido logo no início por uma manifestante contrária ao governo federal. Ela gritou palavras de ordem contra o presidente, que, em resposta, criticou a esquerda e disse que a mulher não tem inteligência. A mulher foi vaiada pelo público, que era formado por apoiadores do presidente .

Antes da cerimônia, houve confusão do lado de fora da Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, porque os manifestantes em oposição a Bolsonaro reclamaram que foram impedidos de entrar e protestar na área do evento. Gradis foram derrubados, e a Polícia Militar (PM) interveio.

Bolsonaro deixou Belo Horizonte e retornou a Brasília no fim da tarde.

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