Prestes a completar um mês de greve, os metroviários em Belo Horizonte se reuniram nesta terça-feira (19/4) em frente à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no bairro Floresta. O ato busca pressionar a CBTU e o Governo Federal para um acordo.
Ainda sem perspectivas de negociação, a categoria não planeja assembleia ao longo da semana e não há previsão de retomada normal do trabalho. Desde o dia 21 de março, o metrô não funciona nos horários de pico e os trens rodam em horário reduzido, das 10h às 17h.
Considerada a maior paralisação dos metroviários da capital mineira desde 2012, o movimento é contrário à privatização do metrô de BH, e solicita a manutenção da estabilidade dos cargos ou a realocação dos funcionários em outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbana (CBTU) pelo país quando for concedido à iniciativa privada.
Até o momento, a categoria, por meio do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), não obteve uma resposta do Executivo Federal, responsável pela privatização. Ao Estado de Minas, o Ministério da Economia afirmou que não comentará o assunto.
Na última semana, o Sindimetro informou que um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) foi proposto pela CBTU. O documento, no entanto, não foi aprovado pela categoria, já que a paralisação não está associada ao ACT, mas sim ao emprego dos 1,6 mil servidores metroviários concursados.
A reportagem entrou em contato com a Advocacia-Geral da União e com a CBTU e aguarda retorno, quando esta reportagem será atualizada.