Diversos problemas na cadeia de atendimento contribuem para a demora no início do tratamento e dificultam a realização dos procedimentos de média complexidade (que demandam profissionais especializados), necessários ao diagnóstico do câncer em Minas Gerais.
A constatação foi feita por especialistas em audiência da Comissão Extraordinária de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada nesta quarta-feira (24/5/23). A reunião tratou do cumprimento da Lei Federal 12.732, de 2012, que garante ao paciente com câncer o início do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em até 60 dias.
Presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira afirmou que cada estado aplica a legislação de uma forma.
“Contabilizam esse prazo a partir de que momento? Do resultado da biópsia? Os profissionais de saúde não conhecem a lei, ela é bem clara, mas muitos não sabem como aplicá-la. Continuar vendo os pacientes ignorados e sem orientação é triste. A lei precisa ser cumprida.”, Marlene Oliveira, Presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.
A especialista afirmou, ainda, que até 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a previsão é que surjam 700 mil novos casos no País e que muitas vidas são perdidas por falta de acesso das pessoas a um tratamento mais ágil.
“Essa é uma doença complexa, que dita seu próprio ritmo. Os cânceres colorretal, de próstata e de mama são cânceres que precisam de olhar diferenciado do SUS. E a saúde do homem é muito problemática, a média é de um ano e meio para esses pacientes entrarem para tratamento no sistema”, concluiu Marlene.
Fonte: ALMG.