Conforme o investigador, o crime foi motivado por violência de gênero e ocorreu após uma briga relacionada a R$ 86 mil. Segundo as informações, o suspeito alegou ter transferido esse valor para a conta de Dayara, que o utilizou para fins pessoais. O gasto teria levado ao término do relacionamento em outubro de 2023.
Apesar da separação, a vítima e o suspeito reataram em janeiro de 2024. Segundo o delegado, em conversa com outra pessoa, o suspeito teria falado da separação e afirmado que mandou matar a jovem por causa do dinheiro. Porém, ele não confirmou essa versão à polícia.
Após o crime, o suspeito teria cometido fraude processual ao enviar mensagens pelo celular da vítima, se passando por ela. Nos recados, se passando por Dayara, o homem disse ao irmão dela que os dois haviam terminado o relacionamento e que ela estaria em Itumbiara. Ele teria, inclusive, enviado uma localização pelo telefone da vítima, afirmando que estava em outro município.
Ao analisar as mensagens, a polícia concluiu que não eram compatíveis com o modo de escrita da vítima.
Ajuda para enterrar o corpo
Ainda de acordo com o delegado, no dia da morte de Dayara Talissa, o investigado saiu de carro com um funcionário. Durante o trajeto, ele alterou a rota e pediu ao funcionário que olhasse para a carroceria do veículo, onde estava o corpo. Em seguida, ele disse para o funcionário ajudá-lo na ocultação do cadáver e a encobrir o crime.
Conforme Carvalho, o funcionário tirou fotos no rio de Itumbiara e as postou no status da vítima para criar uma falsa localização. A outra suspeita envolvida ficou com o telefone da vítima por cerca de 10 dias e, posteriormente, jogou o aparelho em um córrego.
Em nota, a defesa de Paulo afirma que ele é réu primário, com bons antecedentes e residência fixa, tendo colaborado voluntariamente com as investigações. Alegou também que os depoimentos indicam uma fatalidade, sem provas conclusivas de dolo.