As empresas de apostas e jogos online faturaram R$ 17,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda. O número representa o gasto efetivo dos apostadores, descontados os prêmios pagos. Ao todo, 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas em sites e aplicativos, sendo 71% homens e 28,9% mulheres, com faixa etária predominante entre 31 e 40 anos. A média de gasto por apostador ativo foi de R$ 983 no semestre, cerca de R$ 164 por mês.
A tributação dessas atividades rendeu R$ 4,73 bilhões aos cofres públicos nos primeiros sete meses do ano, com R$ 2,1 bilhões vindos de loterias e R$ 2,6 bilhões de apostas esportivas. A alíquota atual é de 12% sobre a receita líquida, mas uma medida provisória eleva para 18% a partir de novembro, sujeita à ratificação pelo Congresso. O governo estima que a arrecadação total de loterias e apostas virtuais ultrapasse R$ 10 bilhões em 2025.
Os recursos arrecadados são distribuídos entre áreas como Esporte (36%), Turismo (28%), Segurança Pública (13,6%), Educação (10%), Seguridade Social (10%), Saúde (1%), além de fundos para sociedade civil e órgãos policiais.
No combate ao mercado ilegal, a SPA destacou a remoção de 15.463 páginas de apostas não autorizadas desde outubro de 2024, encerramento de contas de pessoas e empresas envolvidas em atividades irregulares, e acordo com o Conselho Digital do Brasil para derrubar publicidade ilegal em redes sociais.
O secretário Regis Dudena ressaltou que o objetivo é garantir transparência, fiscalizar empresas autorizadas e proteger os consumidores, mantendo o cumprimento da regulamentação vigente.
Fonte: Ministério da Fazenda / g1
