Alegando prejuízos de R$ 70 milhões por mês registrados desde o início da pandemia do novo coronavírus, o sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte está em vias de entrar em colapso. O alerta foi feito nesta quarta-feira (8) pelas empresas que operam o serviço na metrópole.
Segundo as concessionárias, a arrecadação mensal gira em torno de R$ 30 milhões. Porém, para manter a oferta, elas afirmam serem necessárias receitas equivalentes ao dobro desse montante. Antes da pandemia, a receita do sistema girava em torno de R$ 100 milhões, segundo as empresas.
Os cerca de R$ 43 milhões destinados pela prefeitura para a compra antecipada de vale-transporte deu um alívio financeiro entre abril e junho, mas não foram suficientes, informou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), em comunicado distribuído à imprensa. O valor repassado seria referente a um ano de contrato.
“Desde 2013 o setor tem sofrido perdas significativas na demanda de passageiros, e mesmo com todas as dificuldades, o serviço vinha se mantendo firme em suas operações. Mas nada comparado ao cenário atual com a pandemia da Covid-19”, destaca o texto.
A queda no índice de passageiros já chegou a 70% neste período e se mantém em 64% agora. Antes da pandemia, segundo o SetraBH, os coletivos da capital realizavam cerca de 25 mil viagens por dia, transportando 1,2 milhão de pessoas. Atualmente, a oferta está em 60% – o sistema conta com uma frota de 2.853 veículos operando em 297 linhas.
Nesta terça-feira (7), a prefeitura anunciou mudanças no serviço. Aos domingos e feriados as viagens poderão serão realizadas entre 6h e 9h59 e entre 16h e 19h59 – exceto linhas alimentadoras das estações de integração, que também terão viagens aos domingos e feriados na faixa horária compreendida entre 20h e 20h59. Ou seja, os ônibus não irão circular na capital entre 10h e 16h aos domingos e feriados.
Fonte: Hoje em Dia.