Empresas devolvem 31% dos trechos de BRs leiloados em Minas Gerais

Por Dentro De Tudo:

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Trinta anos após o primeiro leilão de rodovias, as concessionárias de rodovias federais em Minas Gerais devolveram cerca de 1.448 km de trechos de BRs, o que representa 31,1% das estradas que haviam sido leiloadas. Esse movimento de devolução ocorreu devido ao não cumprimento dos cronogramas de obras previstos nas concessões, com as empresas alegando dificuldades financeiras, como a crise econômica enfrentada pelo Brasil nos últimos anos.

As rodovias mais afetadas incluem trechos importantes como a BR-040 (entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, e entre a capital e Cristalina) e a BR-262 (entre Betim e Uberaba), que foram relicitados. As novas concessões incluem aumentos substanciais nas tarifas de pedágio, que chegaram a saltar até 146%, refletindo a necessidade de novos investimentos em infraestrutura.

Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades na gestão da Concer, concessionária que administra a BR-040 entre Juiz de Fora e Duque de Caxias (RJ), o que pode resultar em um acerto de até R$ 3 bilhões com o governo federal. A nova concessão para esse trecho exigirá investimentos mínimos de R$ 8,8 bilhões, com melhorias planejadas para duplicação e construção de faixas adicionais.

Os novos contratos, que têm duração de 30 anos, estabelecem exigências de ampliação das rodovias, como a duplicação de trechos e construção de faixas adicionais, mas também trazem aumento significativo nas tarifas de pedágio, impactando os motoristas que utilizam essas vias.

Aumento nas Tarifas

O aumento das tarifas de pedágio foi significativo, chegando a até 146% em alguns trechos. Por exemplo, o valor do pedágio entre Belo Horizonte e Cristalina passou de R$ 6,30 para R$ 15,50. Esse aumento reflete a necessidade de garantir os investimentos em infraestrutura que não foram realizados pelas concessionárias anteriores.

Novas Empresas

Após os leilões, os trechos da BR-040 e da BR-262 passaram a ser administrados por novas concessionárias, como a EPR Via Mineira e Vinci Highways, com compromissos de obras significativas para melhorar a infraestrutura rodoviária de Minas Gerais.

Essa situação de devolução e relotação das rodovias destaca as dificuldades enfrentadas pelas concessionárias e o impacto nas tarifas de pedágio para os motoristas, que enfrentam preços mais altos em troca das prometidas melhorias nas vias.

Fonte: O TEMPO

Data de publicação: 28 de abril de 2025

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