A quantidade de contratos de trabalho formal encerrados por morte em Belo Horizonte subiu 75% durante a pandemia.
Segundo a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), foram registrados 2.033 desligamentos por morte na capital mineira de abril de 2020 a março de 2021. No mesmo período, nos anos de 2019 e 2020, foram 1.163 contratos encerrados por falecimento.
Ou seja, houve 870 mortes a mais entre um ano e outro.
Já em todo o estado de Minas Gerais, de abril de 2020 a março de 2021 foram registrados 6.279 desligamentos trabalhistas por óbito, um aumento de 17% se comparado ao período de abril de 2019 a março de 2020 (5.371). Foram 908 mortes a mais.
De acordo com a Sedese, motorista de caminhão foi a profissão que mais registrou mortes no estado, durante a pandemia. Foram 373 desligamentos. Em seguida aparecem os faxineiros, com 292 mortes, e os vendedores do comércio varejista, com 245 contratos encerrados por morte.
“Não temos uma razão concreta, não temos acesso à causa da morte, mas pode ser associado com a não possibilidade de home office [nessas profissões] e isolamento no período de pandemia. Não conseguimos explicar com exatidão a tendência dessas ocupações estarem nas primeiras posições do ranking”, disse Amanda Siqueira Carvalho, diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho. da Sedese
Amanda ainda explicou que os dados são referentes apenas ao mercado formal no estado e na capital. Não são inseridos os números do mercado informal e de trabalhadores autônomos, por exemplo.
Veja as profissões que tiveram mais desligamentos de contrato de trabalho por morte em Minas Gerais, no período da pandemia:
- Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) – 373 desligamentos
- Faxineiro – 292 desligamentos
- Vendedor de comércio varejista – 245 desligamentos
- Servente de obras – 203 desligamentos
- Porteiro de edifícios – 176 desligamentos