O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Conselho Regional de Medicina (CRM) investigam um possível erro médico que deixou uma engenheira de 31 anos em coma. O procedimento foi realizado na residência de uma médica anestesista, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, e, segundo a família da vítima, apresentou irregularidades éticas e técnicas.
A engenheira sofria de dores crônicas na coluna e já havia passado por cirurgias. Após um primeiro bloqueio anestésico bem-sucedido, um segundo procedimento foi realizado em setembro de 2024. Poucos minutos depois, ela sofreu convulsões, confusão mental e uma parada cardiorrespiratória que durou 18 minutos, causando lesões cerebrais graves.
A médica relatou aos profissionais do hospital os medicamentos utilizados, incluindo um anestésico que, conforme a bula, deve ser aplicado apenas em ambiente clínico com suporte adequado. A família, que inicialmente acreditava que a médica havia salvado a paciente, passou a contestar a realização do procedimento em ambiente domiciliar.
Os custos do tratamento já chegam a meio milhão de reais, e a família busca responsabilização judicial. O CRM e o MPMG seguem investigando o caso, enquanto a engenheira permanece internada, sem previsão de alta e totalmente dependente de cuidados.
Fonte: Rádio Itatiaia
Foto: Divulgação/Itatiaia