Nas eleições para vereador, os candidatos não dependem apenas dos votos diretos para garantir uma vaga na Câmara Municipal. O sistema proporcional, utilizado nessas eleições, leva em conta dois critérios fundamentais: o quociente eleitoral e o quociente partidário. Juntos, eles determinam quantas vagas cada partido ou federação partidária conseguirá e quais candidatos ocuparão essas vagas.
O quociente eleitoral é calculado dividindo o total de votos válidos pelo número de cadeiras disponíveis na Câmara Municipal. Por exemplo, em Belo Horizonte, que possui 41 cadeiras, se houver 1,025 milhão de votos válidos, o quociente eleitoral seria de 25 mil votos.
Já o quociente partidário é obtido dividindo-se o número de votos válidos que o partido recebeu pelo quociente eleitoral. Esse resultado define quantas cadeiras o partido terá direito. No entanto, para ocupar essas cadeiras, cada candidato precisa ter obtido ao menos 10% do quociente eleitoral.
Além disso, existe a distribuição de “votos de sobra”. Para participar dessa distribuição, o partido precisa ter alcançado ao menos 80% do quociente eleitoral. Partidos com mais votos excedentes têm prioridade na disputa pelas cadeiras restantes.
Fonte: Salma Freua Assumpção – O Tempo
Foto: Flávio Tavares/O Tempo
