segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Entenda mal súbito raro que matou menino de 10 anos enquanto brincava

Por Dentro De Tudo:

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O jovem Nicollas, de 10 anos de idade, brincava com seus amigos em Cubatão (SP) durante a noite da terça-feira passada (7). Após passar algumas horas fora de casa, seus colegas foram até o lugar onde Nicollas morava para pedir socorro à mãe. O menino estava passando mal e teve uma morte súbita.

Nicollas faleceria horas depois em decorrência de uma rara e silenciosa doença cardíaca que afeta 0,3 de cada 100 mil crianças. Ele foi vítima da miocardiopatia hipertrófica assimétrica, uma doença que causa dificuldade de bombeamento do sangue para o resto do corpo. Entretanto, quando o mal foi descoberto, já era tarde demais.

“Ele sempre foi muito forte, nunca deu sinais de que tinha algo grave. Nunca reclamou do coração disparar, nem de falta de ar. Só fomos saber o que ele tinha quando o legista entregou o laudo”, contou a mãe de Nicollas ao UOL.

Segundo o relato da responsável, o menino passou horas na casa dos amigos. Quando ela tendeu ao pedido de socorro, logo o levou para o hospital. Ele estava tendo arritmia cardíaca, mas conversou com a mãe e até chegou a tentar tranquilizá-la. Logo, ele foi intubado pelos médicos e algumas horas depois a confirmação do óbito ocorreu.

“Desejo que as mães amem as crianças, porque eu falei que o amava todo dia, a todo momento. Ele me abraçava, eu abraçava ele, a irmã também tinha um amor por ele que ninguém entende, só os dois sabiam. Não tenho palavras, o meu filho foi muito feliz e ele morreu muito feliz também, eu tenho certeza”, disse a mãe de Nicollas ao G1.

Infelizmente, os casos de miocardiopatia hipertrófica assimétrica são raramente diagnosticados e geralmente causam morte súbita.

“A principal manifestação na criança é justamente a arritmia, já seguida de morte súbita. A gente não tem tempo para tratar. O diagnóstico teria que ser prematuro, o que é muito difícil, pois não é comum a realização de exames de checkup cardiológico em crianças. Ainda mais por se tratar de uma doença rara”, explicou ao UOL a  médica cardiologista Nicolle Queiroz, coordenadora do programa de residência da Universidade de Santo Amaro (Unisa). Portanto, a principal precaução que se pode fazer é a realização de checkups cardíacos em crianças.

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