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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

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Enxaqueca causa impactos para saúde, além da perda de produtividade diária

Por Dentro De Tudo:

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Dor de cabeça, sensibilidade à luz, cheiros ou barulhos, náuseas e vômitos, incômodo visual, formigamento e tonturas. Esses são apenas alguns dos sintomas vivenciados por quem sofre de enxaqueca, uma doença neurológica, genética e crônica.

Dados recentes divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam a enxaqueca como a segunda maior causa de incapacidade em todo o mundo, e a primeira nos países da Europa ocidental e Austrália.

A enxaqueca é definida por uma dor de cabeça latejante, em um ou nos dois lados da cabeça. Na cefaleia em salvas, a dor forte é pulsátil em apenas um lado da cabeça, podendo afetar a parte frontal do crânio, face e fundo dos olhos, aumentando ainda mais a sensação de mal-estar.

A enxaqueca pode ser classificada de maneiras distintas. Basicamente, é possível separar a enxaqueca com aura e sem aura, segundo especialistas.

A forma com aura acomete aproximadamente 20% das pessoas. Elas têm dificuldade para enxergar, como o apagamento de um campo de visão, a presença de pontos brilhantes ou dificuldade para focar uma imagem.

Outros sintomas são formigamentos nos braços que sobem até a face ou dificuldade da fala. O tratamento desse tipo de enxaqueca requer uma equipe multidisciplinar, que pode incluir profissionais da psiquiatria.

Tipos de dores de cabeça

O médico neurologista Gabriel Kubota, coordenador do Centro de Dor do Hospital das Clínicas e membro do grupo de cefaleias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explica que as dores de cabeça podem ser divididas em dois grandes grupos: primária e secundária.

“As dores de cabeça secundárias são consequência, sintoma de uma outra doença ou condição. Por exemplo: jejum prolongado, consumo de álcool, cárie dentária, sinusite, problemas oftalmológicos ou doenças mais graves como tumores, trombose venosa, aneurisma e outras situações”, afirma Kubota, em comunicado.

A dor de cabeça primária pode ser classificada como cefaleia, tipo tensão, e migrânea – dor latejante em um lado da cabeça. As dores de cabeça primárias, em conjunto, correspondem à segunda condição médica mais prevalente na população mundial, gerando um impacto significativo.

Somente a enxaqueca acomete mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, sendo de 20% a 30% mulheres e 6% a 15% de todos os homens. Os gastos podem ser diretos, no uso de recursos de saúde, ou de forma indireta por faltas ao trabalho.

Segundo Kubota, estima-se que o Brasil, a cada ano, perca por volta de R$ 67 bilhões em gastos, devido à perda de produtividade relacionada à enxaqueca. A melhor maneira de lidar com o problema é procurar um médico, que poderá direcionar a melhor forma de tratamento de acordo com a avaliação individual do paciente.

A doença atinge de duas a três mulheres para cada homem, iniciando-se por volta dos 20 a 30 anos de idade, podendo ser a genética um dos fatores de sua causa.

“Os filhos de pessoas que têm enxaqueca têm duas vezes mais chances de também apresentar a doença. Mas vale a pena ressaltar que a genética pode aumentar ou diminuir o risco, mas ela não é absoluta. Ter alguém com enxaqueca na família não quer dizer que você também vá ter e o fato de ninguém na família ter não quer dizer que você não vá ter”, aponta o especialista.

Exames físicos e o contexto de vida de cada paciente permitem diferenciar os tipos de dor de cabeça. Pessoas que apresentam a forma migrânea, por exemplo, podem ter o problema desencadeado por cheiros fortes. Os sintomas são bem característicos: a dor é de moderada a forte intensidade, com aspecto pulsátil, atingindo mais um lado da cabeça.

O problema pode causar náuseas e vômitos, além de intolerância à luz e sons. O período pré-menstrual é outro fator que desencadeia a dor, que pode durar de quatro a 72 horas. Já quem vive com enxaqueca crônica pode apresentar crises de mais de 15 dias por mês por pelo menos três meses.

O tratamento para a dor de cabeça secundária, aquela que é consequência de alguma doença, irá melhorar com o tratamento do problema. Por exemplo, uma pessoa com sinusite, trombose, dor de dente irá melhorar com a solução do transtorno. Já a cefaleia primária, também conhecida como enxaqueca, não tem cura e conta com um tratamento diferenciado.

(Com informações de Simone Lemos, do Jornal da USP)

Este conteúdo foi originalmente publicado em Enxaqueca causa impactos para saúde, além da perda de produtividade diária no site CNN Brasil.

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