Duas escolas particulares de Belo Horizonte confirmaram casos isolados de meningite meningocócica entre estudantes nos últimos dias, o que levou à emissão de comunicados de alerta às famílias. A Secretaria Municipal de Saúde acompanha a situação, mas não há recomendação para suspensão das aulas.
O Colégio Magnum, unidade Cidade Nova, confirmou nesta sexta-feira (3) o diagnóstico da doença em um aluno do 7º ano. Em nota enviada à Rádio Itatiaia, a instituição afirmou que atua “em estreita colaboração com o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do município, conduzindo todas as medidas necessárias para a interrupção da cadeia de transmissão”. A direção informou ainda que as pessoas que tiveram contato com o estudante foram orientadas de acordo com os protocolos de saúde pública.
Segundo o comunicado, não há indicação de paralisação das atividades. “Conforme orientações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CEVS), não há necessidade de suspensão das aulas”, destacou a escola. A direção acrescentou que mantém diálogo constante com a comunidade escolar e as autoridades sanitárias, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar dos alunos e colaboradores.
Outro caso confirmado foi registrado no Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD), unidade Pompeia. A instituição informou que foi notificada nesta semana sobre o diagnóstico em um estudante do 1º ano, que já estava afastado das atividades escolares há sete dias. “Desde então, nenhum outro aluno apresentou sintomas relacionados à doença”, informou o CNSD, acrescentando que as famílias foram comunicadas antecipadamente e receberam orientações de prevenção.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que, até o momento, oito casos de meningite meningocócica foram confirmados na capital em 2025, número superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando houve cinco ocorrências.
A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. A forma meningocócica, transmitida pela bactéria Neisseria meningitidis, é considerada a mais grave. A doença se propaga por gotículas e secreções respiratórias.
Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, rigidez na nuca, náusea, vômito, fotofobia e confusão mental. Em casos mais severos, podem ocorrer convulsões, delírio, tremores e coma. O diagnóstico é feito por meio da análise de sangue e líquido cefalorraquidiano, e o tratamento deve ser iniciado imediatamente após a suspeita clínica. A vacinação é a principal forma de prevenção.
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Fonte: Rádio Itatiaia