Autora de livros que se tornaram clássicos no segmento infantojuvenil, como “O Escaravelho do Diabo” e “O Caso de Atíria, a Borboleta”, Lúcia Machado de Almeida (1910 – 2005) recebe agora, neste final do mês de agosto, uma homenagem pra lá de especial de sua cidade-natal, São José da Lapa, localizada na região metropolitana da capital mineira: é que o nome dela vai batizar um espaço da Biblioteca Pública Municipal Dona Efigênia Chalita, que, vale dizer, está sendo reinaugurada hoje, a partir das 9h, em cerimônia que vai contar com a presença de autoridades, como o secretário estadual de cultura e turismo Leônidas Oliveira, e o prefeito municipal de São José da Lapa, Diego Álvaro, entre outras não menos importantes.
Secretário municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer da cidade, Sérgio de Paula lembra que homenagear nomes que são ou que foram atuantes no âmbito do incentivo à educação e à cultura já é uma diretriz adotada pela administração da cidade há tempos – tanto que o nome da Biblioteca Pública presta reverência a uma professora – Efigênia Chalita – que, no curso de sua vida, dedicou-se ao aprendizado, atendendo de forma voluntária pessoas que manifestavam alguma dificuldade nesse processo ou que, por motivos diversos, não conseguiam frequentar a escola. “Nós estamos reinaugurando a biblioteca e, dentro dela, inaugurando o Espaço Infantil Lúcia Machado de Almeida, homenageando uma das maiores escritoras desse segmento no país, senão a maior, e que nasceu aqui, em São José da Lapa, embora muitos não saibam”.
Além, claro, da coleção de títulos lançados pela autora, o espaço vai abrigar um quadro que retrata Lúcia Machado de Almeida, e que foi um presente do atual prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo de Araújo, ex-secretário de cultura do Estado. O secretário Sérgio de Paula ressaltou que toda a ambiência do espaço foi pensada de forma a tornar o espaço atrativo para a criançada. “Antes, era um lugar mais fechado, no qual as crianças não tinham, vamos dizer assim, tanta vontade de permanecer. Agora, é muito aberto, muito iluminado, com pinturas, pufes, tapetinhos, espaço para sarau… O acervo está bem variado, com títulos atuais e clássicos, além de livros didáticos – não no sentido de escolares, mas indicados como fonte de pesquisas. E como o local fica próximo à praça da Matriz, estamos prevendo fazer um corredor de cultura ligando o coreto à biblioteca. Diria que o lugar está realmente preparado para atrair a atenção das crianças. Uma palavra que usamos muito aqui é ‘encantamento’. Uma biblioteca precisa causar encantamento, e foi o que a gente buscou”.
Sérgio ressalta que a iniciativa só foi viabilizada graças ao engajamento da comunidade. “A reforma é fruto de uma parceria entre a prefeitura e a comunidade local, que fez todo um trabalho voluntário de pintura e parte elétrica e hidraúlica”, diz ele, citando, ainda, a participação da Loggi no processo, “bem como de outras empresas do município, que doaram o jardim, mão de obra…”. “Enfim, um trabalho conjunto para que esse sonho pudesse ser realizado. Falo com pesar: atualmente, a Biblioteca Municipal é a única da região que está aberta. Enquanto muitas estão fechando suas portas, estamos fazendo um movimento inverso, de valorização do livro, da literatura, tanto para educação quanto para a cultura”.
O funcionamento segue as diretrizes estabelecidas pelo comitê municipal de combate à Covid-19, com a ocupação máxima de 30 pessoas. O uso de máscara, claro, é obrigatório. Também será disponibilizado álcool em gel.
Serviço
Biblioteca Pública Municipal Dona Efigênia Chalita/Espaço Infantil Lúcia Machado de Almeida
Rua Padre José Dias, 404, centro
Reinauguração hoje, a partir das 9h