Com medo da pandemia e na tentativa de fortalecer o sistema imunológico, muitas pessoas começaram a tomar por conta própria complexos vitamínicos popularmente conhecidos como “complexos A Z”. Esses medicamentos que são vendidos sem prescrição médica se consumidos em excesso e sem necessidade podem trazer malefícios a saúde, causando a hipervitaminose.
De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Pitágoras, Elisandra Maria da Silva Alfaro, o uso dessas vitaminas só deve ser feito se existir déficit no organismo. “A maneira mais eficiente de ingerir as vitaminas é por meio de uma alimentação saudável, com frutas e legumes. Embora muitos suplementos prometam o benefício, a orientação é para seguirmos sempre com refeições adequadas no pré e pós-treino”, esclarece.
Algumas vitaminas tomadas em excesso podem simplesmente ser eliminadas do corpo, mas outras, como a vitamina A, D, K e E, acabam acumulando no organismo e trazendo algumas sequelas. Por exemplo, o excesso de vitamina D pode levar a sobrecarga dos rins, veias e artérias. No caso da vitamina E em excesso pode causar hemorragias. “O uso de vitaminas é indicado para auxiliar na resolução de questões vitais para um bom funcionamento do corpo, favorecendo o aumento da imunidade. Existem pessoas que não conseguem consumir a quantidade necessária de vitaminas no dia a dia, seja por restrições alimentares ou pela falta de tempo, e nesses casos os suplementos podem apresentar resultados positivos, desde que prescritos por um nutricionista e consumidos com moderação”, pontua Elisandra.
O especialista faz um alerta, pois em alguns casos o uso das vitaminas em cápsulas não está fazendo o efeito desejado no organismo. A especialista faz um alerta: “Muitas vezes a pessoa acredita que a dose de vitaminas e minerais não está adequada, mas na verdade não tem uma alimentação balanceada no dia a dia. É importante lembrar que um suplemento é apenas um complemento e que jamais substituirá uma boa dieta alimentar”, finaliza a professora.
Segundo Elisandra, caso a pessoa não tenha nenhuma deficiência grave, a melhor saída é a reeducação alimentar, com a adoção de uma dieta rica em frutas, vegetais, proteínas e gorduras boas – alimentos que oferecem os micronutrientes necessários ao organismo em proporções biologicamente equilibradas.