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Especialista em RH dá dicas de como sair da fila do desemprego

Por Dentro De Tudo:

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Flávia Anastácio Barbosa tem 34 anos, bacharelado em direito e pós-graduação em saúde mental. Deusa Maria de Jesus, de 46, concluiu o ensino médio e tem vários anos de experiência como auxiliar de serviços gerais, babá e cozinheira. Gabriela de Sena Nasaro, de 22, completou o ensino médio, trabalhou em uma fábrica de uniformes durante dois anos e agora faz um curso de produção de doces gourmet. Apesar dos diferentes perfis profissionais, as três mineiras têm em comum uma realidade enfrentada por 11,9 milhões de brasileiros: o desemprego.

Em um cenário de vacas magras no mercado de trabalho do país, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de abril apontaram uma taxa de desocupação de 11,1% no Brasil durante o primeiro trimestre deste ano. Em Minas, o balanço do instituto, divulgado no último dia 13, indica ao menos 1,06 milhão de desempregados no Estado.

Em meio a essa multidão que batalha por um trabalho formal no país, ainda sob reflexos da crise econômica impulsionada por dois anos de forte recessão, na pandemia, especialistas destacam ser cada vez mais necessário investir em conhecimento e desenvolvimento de novas habilidades profissionais a fim de garantir um currículo mais competitivo. 

Os quatro perfis

A presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Eliane Ramos de Vasconcelos Paes, afirma ser possível identificar ao menos quatro perfis de candidatos que batalham por uma vaga de emprego formal: o desanimado, o acomodado, o sonhador e o determinado.

Desiludido diante de tantos “nãos” 
O candidato já perdeu a energia para buscar um novo trabalho. Caprichou no currículo e peregrinou de empresa em empresa, mas, diante de tantos “nãos”, começa a desacreditar que tem chance de retornar ao mercado formal. Boas relações profissionais favorecem as indicações e podem encurtar o caminho para um novo emprego.“Encontre meios para reverter o desânimo. O emprego não vai bater à sua porta. Faça mudanças. Perca a vergonha, busque ajuda de outras pessoas que estão no mercado”, orienta Eliane.

Tem experiência, mas parou no tempo 
O candidato tem experiência na área, mas está paralisado profissionalmente. Não acompanha as novas tendências do mercado e não aprende algo novo há tempos. Não investe em “networking” – uma rede de contatos profissionais. Quer um novo emprego, mas não investe em si. “As experiências anteriores importam, mas você precisa de mais do que isso para ser competitivo no mercado atual. Fortaleça suas características emocionais e sua comunicação. Aprenda novas formas de ‘vender’ seu currículo”, sugere a especialista.

Desiludido diante de tantos “nãos” 
O candidato já perdeu a energia para buscar um novo trabalho. Caprichou no currículo e peregrinou de empresa em empresa, mas, diante de tantos “nãos”, começa a desacreditar que tem chance de retornar ao mercado formal. Boas relações profissionais favorecem as indicações e podem encurtar o caminho para um novo emprego.“Encontre meios para reverter o desânimo. O emprego não vai bater à sua porta. Faça mudanças. Perca a vergonha, busque ajuda de outras pessoas que estão no mercado”, orienta Eliane.

Espera demais do mercado 

O candidato sempre trabalhou em grandes empresas e tinha uma carreira sólida, com grandes salários. Após perder o último emprego, a busca pela recolocação é focada em oportunidades semelhantes às que tinha anteriormente. Mas as vagas disponíveis em sua área de atuação já não correspondem à sua expectativa salarial. “A pessoa terá que recuar um pouco e aproveitar as chances que surgirem, ainda que, para isso, tenha que ganhar menos. Claro que a remuneração deve ser suficiente para garantir o seu sustento. Mas busque vagas que te motivem”, ressalta Eliane. 

Faz tudo certo, mas a vaga não vem

O candidato faz tudo conforme as regras: está sempre em busca de aperfeiçoamento da própria carreira, permanece atento às mudanças e atualizações do mercado, trabalha bem sua rede de contatos profissionais e procura vagas conforme seu perfil. No entanto, não é selecionado para uma vaga. “Se o que está faltando é apenas a sorte, persevere. Uma hora a vaga vai sair. Foque os seus relacionamentos profissionais para que as portas se abram mais rapidamente”, aconselha a especialista em recursos humanos. 

Invista em você

A especialista alerta que a maioria desses perfis precisa repensar a forma de se apresentar às empresas para se destacar em um processo seletivo. 
Eliane ressalta, no entanto, que, por mais que a dificuldade em encontrar uma oportunidade de trabalho possa frustrar, é fundamental investir constantemente no aperfeiçoamento da carreira e no desenvolvimento de novas habilidades: “Esse desenvolvimento contínuo é responsabilidade de cada candidato”.

Fonte: O Tempo.

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