Você já se sentiu exausto depois de conviver com alguém que parece sugar toda a sua energia? Essa é a ideia por trás do termo “vampiro emocional” — pessoas que drenam a sua vitalidade emocional com comportamentos que exigem atenção constante, reclamações e pouca empatia.
A psicóloga e escritora Suzy Reading, em entrevista ao programa Woman’s Hour da BBC Rádio 4, explica que esses “vampiros” têm uma necessidade excessiva de chamar atenção e validação, mas raramente assumem a responsabilidade por suas atitudes. “Eles estão conscientes do impacto que causam, mas têm pouca compaixão e falta de empatia”, aponta Reading.
Para a jornalista Radhika Sanghani, que também participou do programa, reconhecer esse tipo de relação pode ser difícil, especialmente quando se é jovem. “Eu me perguntava se o problema era comigo, por que a conversa não funcionava”, conta ela. Com o tempo, Radhika percebeu que seu esgotamento vinha dessas interações e aprendeu a estabelecer limites.
Veja cinco dicas essenciais para lidar com vampiros emocionais, baseadas nos conselhos das especialistas:
- Fale diretamente sobre o comportamento
Expresse seus sentimentos de forma clara e respeitosa, por exemplo: “Quando você faz isso, eu me sinto assim”. Isso ajuda a pessoa a entender o impacto de suas ações. - Informe como você se sente
Use a comunicação para mostrar que sente falta de reciprocidade e espaço na relação. Amizades verdadeiras permitem diálogo e escuta mútua. - Estabeleça limites claros
Caso a pessoa não demonstre vontade de mudar, é importante proteger seu bem-estar, definindo limites na comunicação e no tempo dedicado a ela. - Avalie sua exposição a essas relações
Reduza o tempo e a frequência de encontros, escolha atividades que não favoreçam reclamações ou discussões excessivas, como passeios ao ar livre ou exercícios. - Reflita sobre o que você obtém da relação
Pergunte-se se a convivência traz mais energia positiva (+2), neutra (0) ou negativa (-2). Use essa avaliação para planejar melhor suas interações sociais.
Sanghani reforça que, em casos extremos, pode ser necessário terminar o relacionamento, especialmente quando ele é prejudicial e irreparável.
Este tema, que pode parecer até bem-humorado na expressão, traz uma reflexão séria sobre como preservar a saúde emocional e o equilíbrio nas relações interpessoais.