Especialista internacional defende direito de crianças opinarem em decisões que as afetam

Por Dentro De Tudo:

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Em visita ao Brasil, a pesquisadora Zsuzsanna Rutai, referência internacional na defesa dos direitos da infância, destacou à Agência Brasil que crianças ainda são excluídas de decisões que impactam diretamente suas vidas, apesar de previsões legais no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, ratificada por 196 países, inclusive o Brasil.

Segundo ela, o direito à participação infantil ainda não está plenamente implementado, nem em países com estruturas democráticas consolidadas. “Mesmo quando crianças se erguem em defesa dos próprios direitos, sua legitimidade é questionada”, afirma. Ela destaca que a ausência de espaços formais de escuta infantil é uma forma sutil de violação de direitos, que também se manifesta na repressão — como professores que penalizam alunos engajados.

Atualmente, Zsuzsanna atua na organização Child Rights Connect e coordena o projeto internacional “Agora e o Futuro”, voltado à formação de crianças ativistas em parceria com o Instituto Alana. O projeto-piloto está sendo implementado em quatro países — Brasil, Togo, Moldávia e Tailândia — e propõe um currículo não formal, interativo e baseado na educação prática, com o objetivo de empoderar crianças a conhecerem e defenderem seus direitos.

“Se quisermos realmente deixar um legado, temos que erguer as próximas gerações”, conclui Zsuzsanna, que acredita que a transformação de sociedades começa pelo fortalecimento do ambiente escolar e pela escuta ativa de crianças e adolescentes.

📎 Com informações da Agência Brasil
Foto: EUROPA PRESS

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