O crescente número de casos de sofrimento mental e suicídio entre jovens brasileiros tem preocupado especialistas, conforme discutido nesta segunda-feira (16), em uma audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O encontro foi realizado como parte das atividades do Setembro Amarelo, uma campanha nacional voltada à prevenção da automutilação, depressão e suicídio.
Enquanto as taxas de suicídio caíram mundialmente entre 2000 e 2020, de cerca de 1 milhão para 700 mil casos anuais, no Brasil houve um aumento alarmante de aproximadamente 40% no mesmo período. Essa disparidade foi destacada por Humberto Correa, vice-presidente da Associação Mineira de Psiquiatria, que apontou a ausência de políticas públicas eficazes como um dos principais fatores para o país seguir na contramão das tendências globais.
Segundo Correa, o tratamento rápido e eficiente de doenças mentais é crucial para reduzir as taxas de suicídio. Ele ressaltou a importância de capacitar profissionais da saúde na atenção básica e incluir a saúde mental como tema nas escolas, seguindo exemplos de países europeus que adotaram essas práticas e obtiveram resultados positivos.
A audiência foi solicitada pelo deputado Charles Santos (Republicanos) e reforçou a necessidade urgente de discutir formas de abordar e prevenir o adoecimento mental, especialmente entre os jovens, que são uma das populações mais afetadas pela crise.
Fonte: Assembleia Legislativa de Minas Gerais | Foto: Arquivo ALMG
