Minas Gerais teve queda de 11% na taxa de incidência da Covid-19, nos últimos 14 dias, informou a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), nesta quinta-feira (22), durante o encontro virtual do Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne semanalmente para discutir a situação da doença.
Na semana passada, os casos tinham caído 23%, no mesmo período mensurado, e o indicador de complicações pela doença atingiu o menor patamar desde o início do ano.
Por causa dessa melhora, o grupo aprovou a evolução da macrorregião de Saúde Sudeste para a onda verde do Minas Consciente e da Norte e Sul para a onda amarela.
Nesta semana, a classificação das macrorregiões se manteve e 12 das 15 localidades permanecem nas ondas amarela e verde, as mais flexíveis do plano Minas Consciente, que promove a retomada segura e gradual da economia.
Ainda de acordo com a SES-MG, o estado registrou queda no número de mortes e de novos casos da doença na última semana, e a redução na espera por leitos.
Atualmente, 64 pacientes aguardam vaga para unidade de terapia intensiva (UTI) Covid em Minas, enquanto na semana passada eram 70. No início de junho, esse número chegou a ser quase quatro vezes maior, segundo a SES-MG.
O secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, disse que não há mais pressão por vagas nas macrorregiões. A ocupação dos leitos de UTI exclusivos Covid está em torno de 58% e houve queda de 26% nas solicitações de internações no estado.
“Essa espera está caindo semanalmente e é o cenário mais positivo, com pressão muito baixa por leitos e redução na ocupação”, diz.
Ondas
Estão na onda verde do Minas Consciente as macrorregiões Sudeste e Vale do Aço. Na amarela, permanecem a Centro, Centro-Sul, Jequitinhonha, Leste, Noroeste, Norte, Oeste, Sudeste, Sul e Triângulo do Norte.
Já na faixa vermelha estão Leste do Sul, Nordeste e Triângulo do Sul. Nenhuma delas, no entanto, possui a classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável, que é a de maior restrição do plano Minas Consciente. Portanto, as aulas podem funcionar presencialmente nessas regiões, por exemplo.
O número de cidades com menos de 30 mil habitantes que poderão progredir de onda, independentemente da situação em que se encontra a macro ou a microrregião, é de 95 municípios nesta semana. Essas cidades registraram menos de 50 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Vacinação
Minas Gerais chegou, nesta semana, a 9 milhões de primeiras doses aplicadas, segundo o Painel Vacinômetro, e registrou uma aceleração na aplicação do imunizante, com a chegada de novas doses e ampliação dos públicos por idade.
Baccheretti reforçou a importância de a população mineira confiar na segurança da vacina, buscando a imunização com as duas doses.
“Não se deve escolher vacina ou acreditar em fake news. Todas as nossas análises são feitas com base nas vacinas que estão disponíveis e mostram que todas elas são eficazes. Esse é o motivo para estarmos chegando a melhores patamares da situação da pandemia”, destacou.
Cirurgias eletivas
Durante a reunião, também foram apresentadas novas regras para cirurgias eletivas em hospitais privados e públicos. Uma resolução da SES-MG será publicada sobre o tema, assim como a Deliberação do Comitê Extraordinário Covid será alterada.
Com a mudança, hospitais privados, ou seja, que não recebem recursos públicos, podem retomar as cirurgias eletivas, reduzindo assim o passivo existente e a espera dos pacientes.
Já na rede SUS, essa retomada poderá ocorrer no momento em que se comprovar estoque de pelo menos 30 dias do chamado kit intubação. Macrorregiões em cenário desfavorável seguem impedidas de realizar esse tipo de cirurgia.
A suspensão das eletivas foi determinada devido à pressão por leitos de UTI e pelo baixo estoque do kit intubação em todo o país, com a consequente dificuldade de acesso a esses medicamentos. Segundo o secretário, a preocupação atual é em relação aos atrasos que a pandemia gerou neste tipo de cirurgia.