O primeiro semestre de 2025 terminou com números alarmantes nas rodovias que cortam Minas Gerais. Foram mais de 14 mil acidentes e 760 mortes, o maior índice desde o fim das restrições da pandemia, em 2022.
Entre as rodovias federais, a BR-381 e a BR-040 seguem como as mais letais, com 74 e 73 vítimas, respectivamente. Já entre as estaduais, a MGC-135 lidera em fatalidades, registrando 27 óbitos. A gravidade dos desastres chama a atenção: hoje, a cada 100 acidentes, mais de cinco resultam em morte, taxa maior que nos últimos três anos.
Os principais fatores apontados para a alta nos acidentes são excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, desatenção e sono ao volante. A fiscalização insuficiente e a precariedade das estradas, com falta de acostamentos e sinalização, aumentam os riscos.
Apesar de as rodovias estaduais concentrarem a maior parte dos registros, as federais são as mais mortais. Nas BRs, os acidentes são quase 2,5 vezes mais letais do que em estradas estaduais. Colisões frontais, saídas de pista e atropelamentos estão entre os tipos mais comuns de tragédias.
Especialistas defendem soluções conjuntas que passam por melhorias na infraestrutura, como duplicação de pistas e travessias seguras para pedestres, além de maior presença policial e campanhas permanentes de conscientização. Questões ligadas à saúde mental dos motoristas também preocupam, já que estresse, cansaço e uso de celular comprometem reflexos e decisões ao volante.
📷 Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press
📌 Fonte: Estado de Minas