Pesquisas revelam que emoções como alegria e estresse são contagiantes entre humanos. O fenômeno, chamado de “estresse passivo”, ocorre quando o mau humor alheio impacta nosso bem-estar, algo comparado ao “fumo passivo”. O doutor em psicologia social, Cláudio Paixão Anastácio de Paula, explica que o estresse de outras pessoas pode elevar nossos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, apenas por estarmos em contato com elas.
Estudos, como um da Universidade da Califórnia, mostram que observadores de situações estressantes também podem experimentar aumento de cortisol. Esse contágio emocional é amplificado por neurônios-espelho, que nos permitem empatizar e replicar emoções alheias. A pesquisadora Heidi Hanna, do Instituto Americano de Estresse, destaca que podemos perceber o estresse dos outros até pelo cheiro, através dos “feromônios de alarme”.
Para mitigar o impacto do estresse passivo, Cláudio Paixão sugere estratégias semelhantes às de manejo do próprio estresse, como diálogo franco e práticas de autocuidado. Em casos extremos, se a convivência com uma pessoa estressada for prejudicial, o afastamento pode ser necessário.
