Duzentos e quarenta mil estudantes, entre 6 e 17 anos, não tiveram acesso à educação em Minas Gerais no ano passado, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O número representa 7,3% do total da faixa-etária.
Em 2019, eram quase 93,5 mil crianças e adolescentes nessa situação no estado. O crescimento foi de 161%. Para a instituição, a exclusão escolar causada na pandemia pode ter consequências sérias nos próximos anos.
“Esses alunos não estavam matriculados ou não tiveram acesso aos estudos remotos. É um prejuízo imenso que precisamos recuperar”, contou o chefe de educação do Unicef, Ítalo Dutra.
A TV Globo conversou com a família do Deivid, de 6 anos, matriculado em uma escola pública de Belo Horizonte. Segundo a mãe, Patrícia Gabriela, quando ele ia começar a ser alfabetizado, as aulas presenciais foram suspensas. Mesmo participando das atividades, não percebeu que o filho evoluiu.
“Ele recebeu alguns exercícios duramente a pandemia, mas nenhum material com matéria nova”.
O governo de Minas informou disse o número de evasão ficou abaixo do índice nacional e que realizou uma busca ativa, levando 30 mil estudantes de volta às atividades.