Estudo aponta que uso do celular no banheiro aumenta risco de hemorroidas em até 46%

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Um estudo realizado por pesquisadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess e da Escola Médica de Harvard revelou que o hábito de usar o celular no banheiro pode estar associado a um risco 46% maior de desenvolver hemorroidas. A pesquisa foi publicada na revista científica PLOS One.

De acordo com os especialistas, pessoas que utilizam o celular durante as idas ao banheiro tendem a permanecer mais tempo sentadas. Mais de um terço dos participantes afirmou ficar mais de cinco minutos no vaso, contra apenas 7% entre os que não tinham o hábito. Alguns relataram passar até 15 minutos ou mais por visita.

O levantamento foi feito com 125 adultos que realizaram exames de colonoscopia entre janeiro e dezembro de 2024. Do total, 66% admitiram usar o smartphone no banheiro e, entre eles, 43% apresentaram hemorroidas visíveis.

Os pesquisadores observaram ainda que esse comportamento é mais comum entre pessoas mais jovens, com média de idade de 55 anos, em comparação a 62 anos dos não usuários. Outro dado foi que quem usa o celular no banheiro costuma se exercitar menos.

As atividades mais relatadas foram leitura de notícias (54%) e uso de redes sociais (44%), seguidas por jogos e vídeos. Apesar disso, apenas 35% reconheceram que o hábito prolonga o tempo de permanência no banheiro.

Entenda como surgem as hemorroidas

As hemorroidas aparecem quando as veias da região anal se dilatam e inflamam devido ao esforço repetido para evacuar. Elas podem ser externas, quando se formam na borda do ânus, ou internas, quando surgem no interior do canal anal, geralmente com sintomas mais agudos.

Entre os sinais mais comuns estão sangramento durante a evacuação, inchaço, coceira, dor, ardor e presença de secreção. Em casos de prolapso, os mamilos hemorroidários chegam a se exteriorizar, retornando sozinhos ou precisando ser empurrados de volta.

Os médicos destacam que o sangramento em vermelho-vivo no papel higiênico ou no vaso sanitário é um dos principais alertas para a condição e deve ser investigado.

Fonte: InfoMoney / PLOS One

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