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Estudo da UFMG descobre que sandália de juta com repelente é eficaz contra o Aedes aegypti

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Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriu que sandálias de juta (tipo de fibra natural) contendo repelente podem ser eficazes contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, protegendo por até sete metros de distância.

O acessório inovador foi desenvolvido originalmente na Tanzânia, para prevenir a malária, e adaptado para a realidade brasileira pelo biólogo Tales Batista Ribeiro, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.

A pesquisa mineira analisou o comportamento de fêmeas de Aedes quando submetidas ao inseticida transflutrina, em concentrações de 2% e 8%, que estava impregnado em tiras de juta.

O biólogo realizou testes em laboratório e no chamado semicampo, que se aproxima de uma situação real, mas com algumas condições controladas, como temperatura e umidade. Mosquitos foram soltos dentro de uma estufa telada, com voluntários que usavam protótipos dos calçados impregnados com diferentes concentrações do repelente.

Os insetos usados nos experimentos são criados em laboratório. “Assim temos a certeza da idade do mosquito, do estágio fisiológico dele e, o mais importante, a garantia de que não esteja com um vírus que vá transmitir uma doença. Quando vamos começar uma nova colônia, pegamos os mosquitos e fazemos um teste de PCR, para ver se tem dengue, zika ou outro vírus, e também para garantir essa segurança”, explica Tales Ribeiro em entrevista à Rádio UFMG Educativa.

De acordo com o estudo, a propriedade repelente da associação entre a juta e a transflutrina contra mosquitos já era conhecida e, agora, foi demonstrado que a sandália pode atuar como um inibidor da hematofagia (alimentar-se de sangue) no Aedes aegypti.

(*) Com portal da UFMG.

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