Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou que a qualidade do ar em diversas ruas e avenidas de Belo Horizonte ultrapassa os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente durante o inverno, quando há menor dispersão de poluentes.
O estudo utilizou sensores móveis de baixo custo para monitorar a concentração de partículas nocivas entre junho e agosto de 2023, abrangendo locais de intenso tráfego, como as avenidas Amazonas, Pedro II, Antônio Carlos e a rua Padre Eustáquio.
Os dados revelaram que, em vários pontos, os níveis de poluição superaram o limite considerado seguro pela OMS, representando risco direto à saúde respiratória da população.
Segundo o climatologista Alceu Raposo, responsável pela pesquisa, o planejamento urbano deficiente e o alto fluxo de veículos pesados são fatores que agravam a situação.
“Ruas estreitas e com trânsito lento acumulam mais poluentes. Em locais como a Padre Eustáquio, o fluxo parado faz com que os carros emitam mais gases e o ar fique carregado”, explicou o pesquisador.
Moradores e trabalhadores da região relataram incômodo com o ar pesado e o cheiro de fumaça, especialmente nos horários de pico. A ausência de políticas públicas eficazes de monitoramento e controle da poluição também foi apontada como um agravante.
A UFMG defende que os resultados sirvam como base para novas estratégias de mobilidade urbana e qualidade ambiental, destacando que o uso de transporte coletivo e a ampliação de áreas verdes podem contribuir para a melhoria do ar na capital mineira.
📸 Crédito: TV Globo / Reprodução
📲 Fonte: g1 Minas



















