Um novo estudo científico está transformando a forma como especialistas e a população em geral encaram a prática de caminhadas. Publicada na revista Proceedings of the Royal Society B, a pesquisa aponta que curtos períodos de caminhada, entre 10 segundos e 4 minutos, feitos várias vezes ao longo do dia, podem trazer mais benefícios à saúde do que caminhadas longas feitas de uma só vez.
O que são microcaminhadas
Microcaminhadas são pequenos deslocamentos realizados com frequência durante o dia. Podem durar de poucos segundos até quatro minutos e incluem ações simples, como subir escadas, caminhar entre ambientes ou se levantar para se movimentar entre atividades.
Os principais resultados do estudo
Durante os testes, os participantes realizaram caminhadas curtas em esteiras e escadas, com medição do consumo de oxigênio e do gasto energético. Os dados mostraram que os indivíduos que realizaram microcaminhadas gastaram até 60% mais energia do que aqueles que realizaram caminhadas longas, mesmo quando a distância total foi a mesma. A explicação é que caminhadas curtas tendem a ser feitas em ritmo mais acelerado, o que aumenta o metabolismo.
Benefícios adicionais
Além de ajudarem na queima de calorias, as microcaminhadas contribuem para a melhora da circulação, da saúde digestiva e da saúde mental. Elas também evitam os efeitos nocivos de longos períodos de sedentarismo, como ficar muitas horas sentado.
Número de passos recomendado
Não existe uma regra exata, mas especialistas indicam que 7.500 passos por dia já são suficientes para garantir benefícios à saúde. A meta de 10 mil passos, embora positiva, não é obrigatória, especialmente para quem possui rotina apertada ou limitações físicas.
Sugestão prática
Para quem não consegue fazer caminhadas longas, a recomendação é distribuir pequenos períodos de movimento ao longo do dia. Sessões curtas de 30 segundos a 2 minutos podem ser mais fáceis de manter e oferecer resultados significativos.
Segundo os pesquisadores, incorporar essas pausas ativas à rotina diária é uma forma eficiente, acessível e cientificamente comprovada de cuidar da saúde de forma contínua e sustentável.
Foto: Freepik
Fonte: Proceedings of the Royal Society B
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