Um relatório da ONU destaca que a pobreza aumenta em três vezes a probabilidade de desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, em comparação com outras classes sociais. O documento “Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental” revela que 11% da população mundial vive com algum problema de saúde mental, agravado por condições de trabalho e insegurança financeira.
Segundo o relator especial da ONU, o aumento da desigualdade e a busca constante por crescimento econômico obrigam muitos a aceitar jornadas exaustivas e instáveis, especialmente em setores como os de aplicativos e plataformas digitais. Esse ambiente, onde trabalhadores ficam disponíveis 24 horas por dia e sem garantia de estabilidade, dificulta a conciliação entre vida profissional e pessoal, gerando altos níveis de estresse.
Outro fator associado é a chamada “ansiedade climática”, onde eventos climáticos extremos impactam a segurança financeira de populações vulneráveis, exacerbando a tensão e a incerteza.
Propostas para mudanças estruturais
O relatório propõe ações que incluem políticas de renda básica universal e apoio à economia social e solidária. Essas alternativas, em desenvolvimento por ONGs, sindicatos e acadêmicos, visam reduzir as desigualdades e serão detalhadas em propostas previstas para 2025.