Pesquisadores de uma universidade em Londres publicaram um estudo na revista The Lancet que investiga por que as pessoas ficam gripadas com frequência. De acordo com a pneumologista e paliativista Michele Andreata, os resultados indicam que fatores climáticos e ambientais têm um papel significativo na imunidade e na proliferação de vírus respiratórios.
A pesquisa aponta que temperaturas frias, baixa umidade e mudanças bruscas de temperatura ressecam as mucosas e enfraquecem as defesas das vias aéreas, facilitando a sobrevivência e transmissão de vírus. Além disso, o aumento da circulação viral em ambientes fechados e com grande aglomeração, comuns durante os meses frios, eleva as chances de contágio.
Andreata também destaca outros fatores que podem comprometer a imunidade, tornando as pessoas mais suscetíveis a gripes. Estresse, privação de sono, alimentação deficiente em nutrientes essenciais e condições de saúde pré-existentes, como doenças crônicas, estão entre eles. A falta de práticas de higiene e a exposição frequente a ambientes aglomerados aumentam o contato com o vírus e, consequentemente, as infecções.
Os sintomas gripais, que normalmente duram de cinco a dez dias, podem persistir por mais tempo em algumas pessoas, especialmente aquelas com imunidade comprometida. Sintomas como fadiga, tosse e congestão nasal podem se prolongar por semanas, conforme observado no estudo.
Medidas Preventivas
As principais estratégias recomendadas para prevenir a gripe incluem:
• Vacinação anual contra o vírus da gripe e COVID-19, que ajuda a reduzir a gravidade e a frequência das infecções.
• Práticas rigorosas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e evitar tocar o rosto.
• Evitar aglomerações em períodos de alta circulação viral.
• Manter uma alimentação equilibrada, garantir sono adequado e controlar os níveis de estresse, fatores essenciais para uma boa saúde imunológica.
• Utilizar máscaras e garantir a ventilação adequada em ambientes fechados, especialmente durante a temporada de gripe.
Esse estudo reforça a importância de medidas de prevenção e cuidados com a saúde, especialmente em períodos mais críticos para a propagação de vírus.